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Investimentos

16 de Outubro de 2015 as 12:10:23



INVESTIMENTOS - RENDA FIXA - Análise de Mercado: Indecisão no Curto Prazo, Aumento de Risco no Longo


DI - indecisão no curto prazo e aumento da expectativa de risco no longo prazo
 
No intervalo semanal entre 5 e 9 de outubro, os DIs de curto prazo apresentaram movimento lateral delimitado pela sustentação do investment grade pela agência internacional de rating Moody´s (para os próximos 12 meses, mas, que pode ser revisto até abril de 2016) e também em função de maiores estimativas da inflação ao consumidor (IPCA), conforme Relatório Focus do Bacen, e seu reflexo na manutenção da taxa SELIC no atual patamar.
 
Já nos demais vencimentos, a curva do DI voltou a apresentar inclinação positiva, fruto das incertezas dos agentes em relação ao médio e longo prazo.
 
O câmbio tem apresentado comportamento oscilatório no intervalo entre R$ 3,80 e R$ 3,90, a espera de possíveis gatilhos econômicos, principalmente relacionados à elevação dos juros pelo FED, que poderão confirmar a tendência primária altista forte ou a tendência secundária baixista menos vigorosa.
 
US Treasuries. Após ter perdido um nível de oscilação importante, a média móvel de 200 dias, o yield do T-bond ensaiou retomar ganho de força, contudo, sem sucesso, pois perdeu o suporte de 2,018% (já mencionado no relatório anterior). Assim, espera-se a continuidade do movimento de viés baixista, desta vez, com novo suporte em 1,915%. 
 
No longo prazo (últimos cinco anos), o yield vem respeitando uma longa linha de baixa, com o maior pico em 3,986% (negociado em 05/04/2010) e a menor cotação em 1,387% (em 24/07/2012).
 
Risco Brasil.
 
Logo após atingir seu topo no ano de 533 pontos em 28/09/2015, a cotação do CDS brasileiro de 5 anos sofreu uma expressiva reversão. Na última semana, sobremaneira, em função de dúvidas do mercado acerca de quando poderão ser elevados os juros nos EUA, este risco-Brasil alcançou duas vezes a casa dos 449 pontos, arrefecendo em seguida.
 
Vale lembrar que não obstante tais recuos, o indicador ainda situa-se em configuração ascendente (superior à linha de tendência de alta e ao importante nível de 385 pontos).
 
Deste modo, caso o CDS confirme a trajetória altista no curto prazo e supere o nível de 545 pontos, a cotação poderia buscar o ápice de 586 pontos, registrado em 24/10/2008 (por ocasião da crise subprime). Por outro lado, uma hipotética reversão para baixo só seria considerada se o CDS perdesse os 306 pontos.
 
Bondsoberano.
 
Em linha com a trajetória do CDS(5 anos), a alta acentuada do bond soberano brasileiro, com vencimento em 2025, foi corrigida e retomou o canal formado desde abril, mantendo o padrão altista. O nível de yield acima de 5,456% revela-se como importante referência para acompanhamento e, caso seja perdido, o bond pode iniciar uma reversão de tendência para níveis inferiores.
 
Juros Brasileiros.
 
Na última semana, a estrutura da curva dos contratos DI apresentou aumento dos yields, concentrados nos contratos de vencimentos médios e longos (ou seja, após o derivativo de jan/2017). Em linha com tal recrudescimento destas taxas, a curva assumiu novamente inclinação levemente positiva. Na ponta curta, os contratos apresentaram diminuição dos yields, mas, com deslocamento pouco expressivo.
 
Na dinâmica dos eventos econômicos da semana pregressa, a manutenção do nível dos juros interbancários no curto prazo foi balizada pela:
 
(i) declaração da Moody’s em manter a perspectiva estável do rating do Brasil, isto é, possibilidade de não retirar o investment grade do País no intervalo entre 12 e 18 meses; e
(ii) falas do presidente do BACEN, dando indícios que não haverá mudanças na taxa SELIC na reunião do COPOM, marcada para 20 e 21 deste mês.
 
Em contraponto, para o médio e longo prazo, o relatório FOCUS continua projetando avanço da inflação: o IPCA projetado para 2016 passou de 5,94% para 6,05%, com aumentos também em 2017 e 2018.
 
Estas expectativas ressaltam a avaliação que o BACEN deverá manter o nível de juros elevados por longo período.
 
O volume médio diário apresentou segunda redução consecutiva com 1,004 milhão de contratos (frente às 1,404 milhão negociado na semana anterior).
 
Já o FRA Cambial, que incorpora a taxa de juros local ao câmbio futuro, apresentou pequena queda, mais relevante nos contratos de vencimento curto, enquanto nos demais manteve o mesmo nível de prêmio.
 
A manutenção do nível da taxa SELIC no País, em conjunto com a expectativa que os EUA não aumentarão os juros em um horizonte próximo, levou à apreciação do real futuro em relação ao dólar no intervalo verificado.
 
Dólar comercial interbancário.
 
A cotação ingressou na faixa compreendida, basicamente, entre R$ 3,80 e R$ 3,90, destacada em análises anteriores como uma área em que o dólar poderia oscilar em movimentos de correção de curto prazo. O quadro atual demonstra indecisão dos agentes, uma vez que a moeda passou a ser negociada abaixo da média de 30 dias e chegou a alcançar retração até R$ 3,71. A divisa, no momento, continua testando a casa de R$ 3,80 como fundo e ponto de partida para possíveis reversões baixistas.
 
De janeiro a março, a cotação do dólar no mercado a vista apresentou forte valorização, rompendo níveis importantes, como o topo intermediário em R$ 2,90, se mantendo acima desse referencial até o momento. Porém, ao longo do período, o mês de maio foi marcado por uma particular redução da volatilidade, sob a forma de um padrão gráfico triangular – que costuma anteceder movimentos mais intensos de alta ou de baixa, quando rompido.
 
Entre o ápice observado em set/2002 e o fundo registrado em jul/2008, a cotação do dólar comercial (interbancário) oscilou em meio a baixas sucessivas, partindo de R$ 3,74 e chegando a R$ 1,55 (nos fechamentos mensais).
 
Contudo, o comportamento posterior merece especial destaque, em vista da formação de um consistente movimento de alta, pouco comum, identificado pelo rompimento de sequências baixistas de prazos menores e pela acumulação e convergência de médias. O nível atual representa a maior cotação desde o início do Plano Real.
 
Paralelamente, também o fundo formado em R$ 1,55 – que foi tocado em dois momentos e respeitado como um limite à força de baixa – reforça a cotação para níveis sucessivamente maiores, em harmonia com os níveis de preços referenciados pela série de Fibonacci. Esta força altista, por fim, ganhou um novo e forte impulso no mês de março deste ano, quando ultrapassou o canal de alta formado desde o final de 2011, levando a cotação do dólar a níveis cada vez maiores.
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do mercado de Renda Fixa, elaborado por JOSÉ ROBERTO DOS ANJOS, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS 

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: JOSÉ ROBERTO DOS ANJOS, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS





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